E tinha o esfincter frouxo e folgado
E era por isso que se mijava
E se borrava nas calças sem parar
E tinha a ejaculação precoce
E não conseguia manter uma
Ereção prolongada
Pois era um impotente sexual
E não satisfazia uma mulher por completo
Não se curou ainda de toda caretice
Continuava o mesmo jargão
O mesmo leigo ignorante
O mesmo idiota notório
Sem saída imediata
Para a cura das hemorroidas
E corrimento crônico no reto
Com latejamento no ânus
E câncer na próstata
Certamente ficarão em sua companhia
Até o fim da vida
Porque vida não tinha
Tinha o dia do enterro
Pois morto já estava
Faz bastante tempo
Estava míope hereditário
De boca torta
E destes cariados
E catarros no peito
E sinusite incurável
E sabia que vão acompanhá-lo
Juntamente com seus vermes
E seus micróbios
Ao seu túmulo infernal
Com essa dor que sentia na alma
Essa fraqueza no coração
E a sensação de que falta alguma coisa
Ao sentir a cabeça vazia
E o sabor do fel na boca
O lançavam no desespero
De não encontrar o açúcar
Para aliviar o seu amargor
E esperava a hora do féretro
Estava pronto desde que nasceu
E sabe que não vai morrer
Pois vivo não viveu.
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