sexta-feira, 10 de julho de 2020

"Originais", RJ/1980, Poema inacabado; Publicado: BH, 0100702020.

A lógica é ilógica
A inteligência é a perfeição
O puro raciocínio da lógica pura e aplicada
A fervente aplicação
Da emanação intelectual
Do néctar mental
Tirado da flor espiritual
Com o pólen da inspiração vibrante
Da mais alta emancipação celestial
A consciência é a inconsciência
O maciço reflexo da imagem
No obscuro espelho do além
Do oculto mistério da barreira do tempo
E se um dia conseguir chegar lá
Morrerei de tamanha perfeição 
E me exterminarei com tal inteligência
Não suportarei a descarga do saber
Mesmo que perca a matéria
Não deixarei a lógica
E nem o raciocínio
E nem a inteligência
Lutarei para alcançar está perfeição
E lutarei para chegar a tal estágio
Desligar os meus sentidos físicos
Deixar só o pensamento com sua poderosa força
Se apoderar de mim
A me tomar para si
A me fazer evoluir
A cada fração de segundo de reflexão
De meditação transcendental
O maior espetáculo que se pode proporcionar
A uma mente sã de sadia
Despreocupada e desocupada e tranquila. 

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