Hoje uma mulher e dois homens,
Assaltaram uma loja, os homens fugiram,
A mulher foi presa, presa com um tresoitão,
Passou segurada numa chave de braço, pelo
Dono da loja, o empregado segurava a arma,
Mais especificamente, o revolver, numa das
Mãos; era uma mulher sofrida, negra e magra,
Baixa e desarrumada; e ninguém procurou saber,
O motivo de tal desespero, o que a levou a
Cometer tal ato: a fome ou os filhos? o governo
Ou a sociedade? não existe ninguém mais culpado
Do que ela, do que nós mesmos e a própria polícia,
Que chega atabalhoada, de arma em punho, a
Espantar todo mundo, e a provocar correrias, pelas
Ruas das adjacências; coitada da mulher; senti mais
Pena do que raiva; senti mais medo e apreensão ao
Pensar no que eu poderia fazer amanhã.
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