Podes sossegar o mar
O vento o tempo o cantar
Não sossegarei
Nenhum só momento cessarei os movimentos
Podes parar a água
A águia a Terra o universo
Continuarei a procurar
Depois de encontrar
Não pararei de desfrutar
Emergi das cavernas mais misteriosas
Submergi das crateras mais profundas
Inda não me olhei
Não disse para mim nada
O de mais importante que alguém
Tem a dizer de si mesmo
Podes chamar-me de conturbado
Sim sou conturbado
Irrequieto igual ao cachorro cheio de pulgas
Ou o macaco carregado de piolhos
Na certa um desassossegado
Mas quantas forem as estrelas das
Constelações dos aglomerados de galáxias
Quantos forem esses astros que compõem o universo
Serão as vezes que não terei sossego
Não sossegarei podes sossegar
Como uma criança que recebe um acalanto
Podes serenar orvalhar
Despenderei as tempestades solares
As nuvens intergalácticas de poeiras cósmicas
Grão por grão dessa poeira analisarei
DNA por DNA
Genoma por genoma
Então apresentarei o meu sorriso de sossegado
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