Todo dia de manhã menino velhaco recebia
Na varanda da casa do Morro dos Velhacos
Frases sentenças períodos orações cores nas
Cores dos primeiros raios de sol que surgiam
Lá dos lados do nascente menino morros
Montes montanhas cordilheiras picos
Sempre estivemos entrelaçados uns
Com os outros menino sol raios de sol
Luz cores também sempre estivemos
Engendrados menino noites noturnos
Madrugadas madrigais brisas serenos
Orvalhos nunca nos separamos inda
Agora que os tempos nos separam
Apesar de distantes nas eras não deixei
De ser menino inda piso devagar
Para não espantar os sabiás essas
Coisas bobas vislumbram-me me
Deixam extasiado com qualquer manhã
Ora que encontro-me do lado do
Frio com neve a cobrir-me a fonte
Cinzas geladas a embaraçar-me as vistas
Trevas a obliterar-me as modernas
Avenidas nostálgico sozinho choro
Ao recordar a varanda da casa do
Morro dos Velhacos menino casa
Varanda alpendre quintal sempre
Estivemos dependentes uns doutros
Quando íamos embora chorávamos
Abraçados quantas riquezas perdi em
Toda a minha vida de mudanças
Varandas que abandonei quintais que
Esqueci árvores que não trouxe
Comigo como gostaria de estar de novo
Menino nas glórias destes meus destinos
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