E gritaram dentro do ônibus
Olha o tarado
E todo mundo queria pegá-lo
Mas se explicou
E conseguiu se safar
Explicou que não era tarado não
E que só estava a tirar um sarro
Numa mulher ali
Porque não estava a aguentar mais
E que a mulher era demais
E que se não se encostasse nela
Acabaria por ficar louco
Aquele corpo
Aquele perfume
Aquele jeito e que
Tudo aquilo o alucinava
E que não via mais nada e
Só via em frente
O vulto da mulher
E que se enroscava nela
E a apertava com força
E sentia a fragrância do cheiro
Aquele aroma delicioso
De fêmea natural
Sentia o odor de sexo
Em suas narinas dilatadas
E quando estava quase todo louco
Um intrometido qualquer gritou
Olha o tarado
Mas a boa mulher
Boa é o apelido
Aquela gostosa mulher
Pegou-o pela mão
E o levou com ela
Como se fosse um cego
E o guiou pelo caminho
Mas o caminho da casa dela
E só ao chegar lá
Foi só tirar as roupas
Sem dizer nada
E sem querer saber de nada
E a envolvê-lo
E a mordê-lo
Tal qual a uma fera no cio
E nesse momento então
Virou um tarado mesmo
Um tarado sexual
E que a dita quase o matou
E que o dito quase a matou
E que quase morreram
De tanto fazerem amor.
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