segunda-feira, 28 de março de 2011

Mário Quintana, De Longe Para Longe; BH, 0280302011.

Embora as vejas daqui,
Dentro deste mesmo ar,
As velhas catedrais
Estão no fundo do mar,
Cantando...

Vozes de sinos ou de preces
 - É da tua alma que elas,
Às vezes, surgem à tona...

E esses velhos caminhos,
Embora o vejas daqui
 - Sabes aonde irão dar?

Caminhos são mais antigos
Que a redondeza da terra.
Eles não descem os horizontes...
Seguem, sozinhos, no ar.

(E ai dos caminhos que levam
De volta ao mesmo lugar!)

Dizem que os deuses morreram?
Um deus sempre está sepulto
Para depois ressuscitar...

Viemos do fundo do mar,
No entanto, estamos na Lua...

Mas como se há de parar?

(Homens, sementes ocultas
Cujo sonho é germinar...)

E àquele que um dia foi
Do antigo Jardim expulso

Ofertamos os frutos
Da Grande Árvore Estelar.

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