O carnaval está aí de novo
A bater em minha porta será
Mais um dia em que não irei
Para a folia só me encherei
De agonia ai que melancolia
Viver sem carnaval sem rei
Momo as rainhas princesas ai
Que casa cheia de ais sem a
Festa do samba as marchinhas
De antigos carnavais minhas
Escolas preferidas estão longe
De mim lá no Rio de Janeiro
Terra de tambores pandeiros
Sambistas partideiros passistas
Baianas mestres-salas
Porta-bandeiras comissões
De frente luxuosos abre-alas
Carnaval está de novo no
Meu quintal a tristeza é a
Minha companhia longe
Dos blocos dos desfiles
Já me sinto perdido ao não
Ter o que fazer ressoar em
Meus ouvidos os cantos
Idos os alaridos perdidos
Nas festas que não voltam
Mais na apoteose dos
Festivais de fantasias então
Vou suspirar soluçar sem
Cadência sem um samba
Para cantar ou uma
Marchinha salutar vou
Esfriar ainda mais meu
Iceberg meu titanic
Afundará sem sobreviventes
Nessas águas frias nesses
Mares nevoentos tranquilos
Dessas montanhas cheias de
Ventos nesses ares calmosos
Onde não se canta aos orixás
Não tem roda de malandros
Nem levantar de poeiras
Requebros de mulatas
Suores de negras passistas
Pretas sambistas samba
Batido na palma da mão
Fazer o quê? é só o silêncio
Como o bater do meu coração
Nenhum comentário:
Postar um comentário