Nas locas cavernas grutas tocas
Grotas tenho muitos esconderijos
Posso ser procurado em qualquer
Lugar no meu íntimo posso ser
Encontrado em qualquer buraco no
Meu âmago os numes me compõem
Lugar no meu íntimo posso ser
Encontrado em qualquer buraco no
Meu âmago os numes me compõem
Uns são bons outros são ruins mas todos
Compõem-me vivem dentro de mim vibram
Nos meus lares possuem minhas casas
Compõem-me vivem dentro de mim vibram
Nos meus lares possuem minhas casas
Baixam nos meus abrigos quantos são?
São infinitos incontáveis inumeráveis
Não possuem nomes formas estruturas
Sou o limbo sou o Olimpo Pireneus
Sou o monte das Oliveiras sou o
Ararat sou todos os montes estou de
Sou o monte das Oliveiras sou o
Ararat sou todos os montes estou de
Cima deles Everest de cima de mim
Outro sou Neblina todas as montanhas
Andes picos ainda cordilheiras outros menores
Ladeiras chapadas desfiladeiros cânios
Paredões as pradarias falésias
Outros profundos abismos mares
Oceanos gotículas d'água grãos
De areia átomos sim tenho muitas
Moradas dentro de mim todas tão
Inabitadas porém habitadas por meus
Visitantes filhos filhas iniciantes venham
Meus rebentos prediletos minhas crianças
Tenho vários parquinhos campinhos
Floridos para meus carneirinhos venham
Meus cordeirinhos não irei imolá-los
Para sacrifícios não quero sangue
Nem fumaça ou cheiro de carne tenra
Queimada venham para minha casa
Meus amores de mim não se perderão,
Terão guias nos meus labirintos no fim
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