sábado, 19 de março de 2011

Enfim na minha morte; BH, 0180302011; Publicado: BH, 0190302011.

Enfim na minha morte
Estarei com a sorte libertarei
As águias de dentro de mim
São muitas as águias harpias
Falcões gaviões urubus-reis
Aves de rapinas rainhas enfim
Na minha morte morrerá o azar
De dentro de mim só as aves
Da sorte os abutres caçadores
Os urubus de torres de igrejas
Essas aves voarão de dentro
De mim depois de escondidas
Por eternidades terão paz agora
Não mais os restos desertos do
Meu ser agora serão livres para
Voar terão serranias cercanias
Não mais as prisões do meu
Coração aleluia enfim na
Minha morte não terei mais
Falsos aplausos de falsas
Plateias não terei mais os
Apupos as vaias dos falsos
Amigos minhas aves de
Estimação terão direção
Pousarão posarão em boas
Mansardas descansarão à
Sombra dos pinheirais
Pisarão de mansinho como
Pisa minha sombra nas
Estradas tranquilas frescas
Das paragens paisagens
Aonde andaram meus pés
Ásperos duros a quebrarem
Seixos a esturricarem torrões
As aves farão seus ninhos
Voarão ao redor de mim velarão
Meu corpo agora um jardim

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