quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Ao passar pelas ruas da cidade; RJ, 060501997; Publicado: BH, 0100802011.

Ao passar pelas ruas da cidade,
Vejo as pessoas que correm,
Em busca da sobrevivência cotidiana;
Muitas dessas pessoas,
Estão carregadas de problemas;
Sofrem solitárias,
E no fim da vida,
Não encontram a saída,
Da porta que leva à felicidade;
E no reflexo de tudo isso,
Os filhos pagam pelos pais,
Pois os pais não conseguem,
Resolver seus problemas,
Sem afetar os filhos;
Os filhos do neoliberalismo,
Filhos do desemprego e corrupção,
Filhos do capitalismo selvagem;
Do lucro a qualquer preço,
Do desequilíbrio social;
Filhos dos mortos vivos,
Dos corpos sem cabeças;
Ao passar pelas ruas da cidade,
Vislumbro as silhuetas,
De seres apagados,
Farrapos humanos,
Que dormem sob as marquises,
Sem casas e sem lares;
São os sem governos,
Os sem sociedade,
São os sem Deus;
Nada para eles existe,
E muito menos eles existem,
Para alguma coisa,
Pois se nem tiveram
A oportunidade de existir.

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