quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Não adianta ir em busca; RJ, 0290401997; Publicado: BH, 0110802011.

Não adianta ir em busca,
De palavras difíceis,
De verborrágica pura e aplicada;
Não adianta ir em busca,
De vocábulos clássicos,
Palavras belas e insinuantes,
Se o que achamos no mundo,
Em linguagem nenhuma,
Saberemos explicar;
Vejo com tristeza,
Vejo com pesar,
Mesmo em linguagem chula,
Simples e rudimentar,
Que os problemas são os mesmos
E a vítima é o povo,
As crianças e as mulheres,
Os velhos e os fracos e desprivilegiados;
A miséria é visível a cada dia;
A desgraça então nem se fala;
A fome do mundo não acaba,
A desesperança também não;
E o analfabetismo crescente;
A exploração sexual e a
Escravidão de crianças,
As drogas e a prostituição;
O crime organizado e a corrupção;
Penso que quando morrermos,
Não iremos para o inferno,
O inferno é aqui mesmo;
Nós mesmos o criamos ao
Exterminarmos a natureza,
O amor e a paz;
Esquecemos de nos preservar
E amanhã pode ser tarde demais.

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