Perdi o contato com a natureza
Não vejo mais as árvores nem
Sinto o perfume das flores não
Vejo mais os áceres ácer bordo
A árvore verde minha aceração
É lenta gradual não percebo
Mais as formiguinhas estou
A ser transformado em aço
Frio resistente perdi o contato
Com as aceráceas espécime de
Famílias de plantas que tem
Por tipo o bordo aceráceo
Estou a ficar acerado minha
Têmpera é de aço puro inox de
Inoxidável gélido não vejo mais
O voo das borboletas nem ouço
O canto das cigarras é devastador
Para mim meu peito acerador
Tudo me acera por dentro por fora
Uma aceragem eterna nunca mais
Serei um homem meu ser acerante
Sempre me impedirá de olhar as
Nuvens do céu de olhar os pássaros
Tamanha a minha infinita acerbidade
Minha aspereza interior que não
Acaba nunca a agrura de minh'alma
Com a qualidade de tudo que é acerbo
Que trago dentro de mim meu hálito
Azedo de vários dias semblante
Áspero de quem odeia olhar severo
De quem não gosta cruel nas ações
Nos atos mas desabrido na mentira
Amargo de verdade se inda tivesse
Algum motivo para sorrir expressar
A alegria da felicidade nenhum
Motivo tenho a não ser a inexistência
Quem pretende ser tem que ter no
Mínimo amor nunca perder o contato
Com a mais simples obra da natureza
Nem virar esta máquina desumana
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