terça-feira, 16 de agosto de 2011

Fico encarangado só em pensar; BH, 0701101999; Publicado: BH, 0160802011.

Fico encarangado só em pensar,
O que foi que aconteceu,
Com nossas tribos indígenas;
Estou encolhido de tristeza,
Entrevado na minha cama,
Igual a um reumático,
Um paralítico tetraplégico;
Mas apesar de tudo que acontece aqui,
Quero saber do acarapí,
Indígena da tribo dos Acarapís;
Ele ainda habita,
As margens do Rio Branco,
No estado do Amazonas?
O Agarani continua ali,
Inda no mesmo lugar?
Ou já foi destruído também,
Pela ação do homem branco,
Representante desse governo acarangado,
Que nada faz para solucionar,
A situação do índio no Brasil;
O índio é patrimônio histórico vivo,
Tem que ser respeitado,
Preservado e garantido à sobrevivência;
Deixe-o a brincar às margens dos riachos,
A pescar seus acarapicus, seus carapicus,
(Nomes vulgar de vários peixes
Dos mares e dos rios,
Da família dos Encinostomídeos);
Não adianta a política,
Que só quer acarapinhar o índio:
Encarapinha na cultura,
Encrespar contra as terras indígenas,
Tirar as tradições e
Encaracolar o destino das nações;
Chega de fazer carapinha
E encarapelar a bonança,
Da vida nas aldeias;
E na corrida atrás das acaratuas,
Dos acaraús e acaratingas, dos acarapicus
E acarapixunas; acarapitangas e
Acarapirambocaias (todos Ciclídeos,
Espécies de dourados); deixe-os nas árvores,
Às suas garças e aves dos Ardeídeos;
Deixe-os sós com eles mesmos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário