Nada me move
Sou um ser inerte
Nenhuma chama
Nenhuma luz ou ideal
Totalmente sem ideia
Nada mexe comigo
Vivo apagado obscuro
De olhos fechados no
Escuro cheio de
Minhocas na cabeça
Coração de lesma
Vida de escorpião
Quero sair deixar a
Luz entrar fazer
Algo novo brilhar
Em mim nada me
Fecho mais me
Acorrento-me
Prendo-me às
Amarras elos
Das correntes de
Algemas trancas
De última geração
Nada me acorda
Durmo um sono
Pesado em noite
De chumbo sem
Despertar sem
Amanhecer num
Sono de sepulcro
Sou um autista
Severo um pássaro
De asas cortadas
Um macaco sem
Galho sem rabo um
Macaco sem floresta
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