quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Recuso-me terminantemente a escrever; RJ, 030501997; Publicado: BH, 0100802011.

Recuso-me terminantemente a escrever,
Recuso-me indignadamente a pensar
A história geopolítica atual;
Envergonha-me de maneira contumaz,
O paradigma que forma o caractere
Da personalidade dos homens,
Que compõem a sociedade hoje;
É do mais baixo possível e
Por esta e outras razões,
Recuso-me com o título de rebelde,
A fazer parte de conjunto hediondo;
Recuso-me a falar,
Recuso-me a ver,
A entender e compreender,
O que se passa pelas cabeças,
Que se dizem coroadas,
Privilegiadas por inteligências,
Acima da média normal;
Recuso-me naturalmente a viver,
A partir de hoje não vivo mais;
Podeis lavrar o atestado de óbito,
Declaro minha morte cerebral;
Não serei conivente e
Uso o direito de não fazer parte;
É o meu suicídio mental;
Antes morrer, que viver alienado;
E preciso e quero morrer;
Não estou satisfeito,
Com nada aqui,
Nem comigo mesmo.

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