Entrei no labirinto da memória,
Sem nome, sem razão e sem protesto.
Talvez quisesse alcançar no gesto
Consoladora paz à luta inglória.
Ruínas contemplei da ilusória
Servidão do tenebroso manifesto.
De lá só trouxe nada mais que o resto
Que há de ser o meu pavor à glória.
Me encontro redimido de mim mesmo.
Se vida tenho, não a lanço a esmo.
Do amor que não me mova a vã procura.
Entrei na gruta escura da minha alma
Como mendigo que suplicia a calma
E a benção luminosa da ternura.
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