segunda-feira, 8 de agosto de 2011

O proxeneta oferece os serviços; RJ, 0290401997; Publicado: BH, 080802011.

O proxeneta oferece os serviços,
Com tributos de paradigma alterado,
Aos incautos e leigos em matéria,
De ostomizados insensatos e agnósticos,
Que não adiro à ideia de acéfalos,
Seres inanimados e empalados,
Espantalhos refletidos em espelhos polidos,
Com sangue derramado de ferida
Aberta recentemente em carne viva;
Qualquer que seja o teorema,
Nem Pitágoras decifrará a equação,
À teoria da relatividade do coração,
De bater o martelo friamente no pregão,
De ouvido fechado ao uivo da rua,
A passar por cima da lei,
Em garantias sem escrúpulo do leilão;
Algo suspeito há,
Tanta pressa em privatizar,
A elite está a bater palmas,
A burguesia pula de alegria,
O dinheiro apurado,
Em transação tão espúria,
Será solenemente dividido entre eles,
E a turba esquecida como sempre;
Queira Deus que não,
Que tal pecado não seja concebido,
Com o patrimônio protegido,
Por essa turba desprezada pela cúpula;
Que vergonha sentirei,
Ao ver que tudo continua como antes,
Vendeu-se de tudo que pode,
Do poder aos bens,
E não acabou-se com nada,
Que se poderia acabar,
Fome e miséria e pobreza,
Era cheiro de podre no ar.

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