terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Não encontro nada não; RJ, 0300501997; Publicado: BH, 02001202011.

Não encontro nada não
Que justifique aqui,
O sofrimento desencadeado,
Aos povos desprivilegiados,
Que morrem abandonados,
Pelas sociedades e pelos governos;
A minha inteligência frágil,
Não me permite raciocinar,
A ponto de entender,
A justificativa injustificável,
Para tanta violência,
Tanta miséria e desgraça,
Fome e pobreza,
Tanta infelicidade e raiva,
Tanto ódio e rancor;
Choro infinito,
Pranto sem fim;
Não encontro nada,
Que me faça parar,
De repetir as mesmas coisas,
De bater nas mesmas teclas,
Ser repetitivo e sofredor,
Por ver que continuam,
Os mesmos males,
As mesmas dores,
Que remédio algum,
Consegue sarar;
A mesma hemorragia eterna,
Nas veias dos bolsões dos guetos,
Onde despontam sarjetas de valas negras,
Donde crianças de barrigas d'água,
Alimentam-se sem parar.

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