Deixai vir algo
Mesmo que não saibais o que é
Deixai vir alguém
Mesmo que não saibais quem
Não precisais ver o rosto
A cara ou a face
O olho a boca o nariz
É o desconhecido quem diz
O estranho o estrangeiro
É o forasteiro errante
O caminhante do mundo
O atlas da atualidade
O Prometeu algemado
A uma garrafa de cachaça
Que o destrói o fígado
A alma o ser o espírito
Deixai vir o eremita
O homem das cavernas
O abominável homem da neve
Até o monstro do lago Ness
Todos os monstros pré-históricos
Heróis de revistas de quadrinhos
Heróis vilões das histórias infantis
Vai ser uma festa tanto
Com mariposas pirilampos
Borboletas passarinhos
Capetas anjinhos
Sacis duendes gnomos
Romãozinhos bruxas
Santo santas deuses de verdade
Uma verdadeira festa no inferno
Com toda a burguesia a elite
Com toda a classe política
Os seus vis representantes
Uma mistura concreta
De concreto armado
Para uma casa de pau a pique
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