Moves essa mão em movimentos sinuosos
Em dança de balé clássico na face
Da folha deste papel palco moves
Essa mão morta esse pulso inerte
Em performance de atos de artes
Cênicas de cenas de cinema de
Árias de óperas moves essa mão
Defunta decepada desse braço
Sem corpo desdenhas dos desenhos
Da realidade saias desse abismo
Sepulcral habita de novo um
Corpo sejas habitante dessa nova
Habitação de carne de osso bebas
Desse sangue arterial é doce é
Fresco de mel é de leite natural de
Mamíferos selecionados é de vinho
De uvas das mais altas castas moves
Essa mão a poesia ordena-te moves
Essa mão cantas uma canção o
Vento agoniza está de pé à espera
De ti a agonia do poema em luta
Pela sobrevivência exige de ti uma
Nova vida são muitas milhares as vozes
Que querem falar aos teus ouvidos terás
Que ficar desperto de geração em geração
A gerar conceitos com essa mão moves
As pálpebras bates os cílios as pestanas
Pulses os globos oculares estás vivo sim
Percebo que estás vivo revigorado
Com tutano nos ossos com medula
Entranhas organismo estás vivo que
Percepção salvas a poesia com o teu coração
Nenhum comentário:
Postar um comentário