Queres falar comigo com essa consciência
De pedra talvez penses que seja um
Abrigo um aprisco afresco raro ou um
Artista lúcido sóbrio com a perfeição
Dos trabalhadores antigos ao criarem suas
Obras desmamei de pouco tropeço nas
Pernas o vento inda tomba-me de lado
Vi em ti a segurança de minha mãe a
Firmeza do meu pai que abandonaram-me
Na estrada cordeiro carneiro vou para longe
Depois da distância mais distante teus
Balidos não nos deixarão a afastar muito
Logo atrairão as alcateias famintas meu
Pastor com o teu cajado com a tua vara
Afastaremos os impostores suas garras
Afiadas das minhas jovens carnes que
Tanto desejam já não posso nem comigo
Terei que bater-me por ti? se não fosses
Mau fardo teus pais não o abandonariam
Aqui vamos por outras sendas as veredas
São verdejantes as encostas são frescas
Os atalhos refrigerados gosto dos
Espinhos dos espinheiros dos seixos
Dos cardos dos calos nos pés urge
Colocares essa pele de lobo abatido por
Mim carregues o semblante feches o
Cenho arrepia-te os pelos rujas ferido
Esfoles o peito alvo nesses escolhos
Sigamos não sairei do lugar esperarei
Aqui quem vier devorar-me Teócrito
Não deve tardar não violarei a mim
A iludir-me no que não sou aos outros
No que não serei bem amparo-te
Dá-me a mão vem
Nenhum comentário:
Postar um comentário