Sinto que estou aceso archote tocha
Pira holofote farol fogo braseiro sinto
Que estou em chamas inflamável a
Arder a queimar por dentro as letras
Saltam carvões em brasas as palavras
Pulam tições fumegantes cuspo fogo
Pela boca fumaça pelas ventas dragão
Enfurecido estou inquieto irrequieto
Abrasador de premonições presságios
Aos borbotões as elucubrações saltam
De mim como se fossem assombrações
Todo sobrenatural assaltado por razões
Desconexas possuído por convicções
Intuitivas febris passo a competir com
Ariscos coriscos raios que partem-me
Em mil estrelas incandescentes se entrar
No veio dum vulcão saio de lá ileso
Se entrar numa fornalha saio de lá sem
Ser chamuscado sinto que fui ao núcleo
De fusão do planeta buscar inspiração
Queimo-me literalmente Dante Alighieri
No fogo do inferno da imaginação
Nasce da minha criatividade anjos
Mórbidos obituários de ossadas
Sagradas purificadas por milhares
Milhares de anos na incubadeira não
Sosseguei ainda tempestade vim para
Importuná-la tormenta cessarei quando
Contemplar minhas cinzas delas ver
Ressurgir meus anseios em forma das
Minhas sofridas poesias em conexões
Com meus tortuosos poemas que
Sempre lançarão fuligens de fumaça nos
Olhos dissimulados dos dissimulados
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