Pergunto-me cheio de ódio cheio de ira
No olhar de raiva na voz às carrancas que
Olham-me das paredes que tipo de ser
Humano que sou? encho os pulmões de
Ar a quase engasgar-me que espécie de homem
Posso incluir-me? as carrancas furam-me
As costas com suas vistas profundas a
Torcer a contorcer a boca enrugada encaro-as com
O mesmo olhar de Beethoven respondeis para
Mim rostos petrificados faces de lajedos
Semblantes de ladrilhos caras de
Azulejos que tipo de ser aponta-os
Com tanto rancor na alma? aprisionados aí
Nessas lajes tetos pisos demonstram
Mais felicidade do que este que
Aparentemente apresenta-se como livre
Não consigo enxergar desgosto em vossos
Espectros sou o poço de desgostos mágoas
Decepções ecoa entre vossas costelas
Ouço a frustração mas qual de vós
Habilita-se a tirar da minh'alma do
Meu espírito do meu ser esta tontura
De bêbado que não quer parar de beber?
Há sobriedade aí no vosso mundo? há
Lucidez há luz aí ou só pedras? agradeço-vos
A indiferença nunca em tempo algum
Vós perturbais-me venho com
Minhas perturbações a depositá-las em
Vossos altares era só o que faltava ou tomo
Vergonha na cara ou tomo todas as cachaças?
Amanhã morro vou aprisionar-me aí
Nas pedreiras junto de vós? que boa ideia
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