E vou dilacerar a dimensão e degolar a imensidão e enforcar o espaço e segurar
O tempo e parar o tempo e dilatar a vida
E dar liberdade ao amor e vou despedaçar o
Finito e pintar o vácuo de bonito e diminuir
O desespero e massacrar os problemas e
Repartir a paz e acabar com a escuridão e
Vou dinamitar a dor e reproduzir e eternizar
A flor para a posteridade e imortalidade e
Enfeitar o mundo e espantar a crise e
Organizar o caos e multiplicar o amor e
Rasgar o céu em mil pedaços e distribuir
Pedaços de céu aos corações despedaçados e
Vou por aí a fora a cultivar o eco da eclosão
Da abertura do que estava preso e do ser
Contraído à força e do corpo fechado ao
Prazer e do botão sem desabrochamento
Espacial e aparecimento sideral ao plantar
Na nova dimensão uma dimensão natural e
Sem nada artificial e com tudo verdadeiro e
Perfeito ao envenenar o atômico e ao
Enfeitiçar o nuclear e endoidar o cósmico e
Não quero nada esquisito e não quero nada
Mortífero e quero tudo bom e quero tudo
Bem e tudo com vida e com amor na nova
Dimensão feita de claro e feita de flor e a
Luz que não cega e o calor que só aquece.
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