Meu olhar apodreceu
E o esqueleto de minh'alma
Se confundiu e se transformou
No fantasma fantástico do meu
Corpo e meu cérebro derreteu
As penas e apenas tudo
Desfaleceu e padeci
Apodrecido na sepultura
Incerta a mastigar terra entre
Pus e sangue e catarro e
Réptil ou o que for e cobra ou
Serpente e víbora repelente e
Nem lobisomem e nem jacaré
Nem vampiro e nem crocodilo
Nem morcego e nem rato e só
Fantasma de corpo sem corpo
E sem alma e meu olho cego
Virado na órbita de betume e
Medonha onde vermes e
Germes eram planetas e
Cometas e foguetes e meu
Olho podre no espaço do
Vácuo vagou infinitamente e
Incerto ficou infame só um
Sorriso macabro e só um resto
De forma informe na tumba da
Catacumba alheia e meu
Enterro no fim foi o começo e a
Caminhar rente a faia agora estou.
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