O navio da vida veio a navegar
Num mar azul tal tipo de sonho
Num sonho azul tal tipo de mar
Em cima d'água mansa um
Fantasma de fantasia a nadar a
Suspender o seu livro fantasma
Atômico e vinha de longe e
Chegou à areia bem cansado e
Caiu de bruços estirado em tal
Decúbito ventral lateral e dorsal
E a respirar profundo sua
Desgraça vil e comeu areia e
Bebeu d'água do mar mãe do
Oceano e vomitou Peixes e
Baleias vivas e Jonas morto e
Que inferno o sol causava na
Areia a assar entre gemidos com
Metade do corpo apodrecido e o
Navio da vida já no horizonte a
Sumir na linha atrás do monte
Que não deu para costurar o
Rombo aberto que a morte abriu
Em sua alma a pedir passagem e
Com um olhar cego tateou a
Encontrar o navio em vão que já
Sumiu na densa escuridão da
Noite do azul do sonho do mar
Nunca dantes sonhado nunca
Dantes navegado desconhecido
Mar de trevas tenebroso que mete
Medo e é orgulhoso por sustentar
O fantasma e o livro fantasma até
Aqui deitado num grão de areia o
Ouvido seco e o cérebro cozido e a
Alma ressequida e que fantasma é
Esse? donde vem? o que quer? é o
Fantasma do livro fantasma do
Navio do tempo é o fantasma do
Navio da vida e já vai para lá
Daquela nuvem de mãos dadas
Com a imensidão e vai a navegar
De vento em polpa para o além.
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