Varação varou meu olho
Num raio de luz e explodiu
Em minha voz um grito de
Dor que veio do meu estômago
Onde o pão nosso de cada dia é
Um turista e foi a alegria de
Poder mastigar de vez em
Quando e mastigar sempre
Faz bem mas nem sempre
Mastigo e varou em meu
Estômago um pedaço de osso
Varado da minha costela seca
Do nordeste e que vergonha
Até hoje se morrem de fome e
Até hoje se morrem de sede o
Homem e as plantas e os
Animais e caiu em mim a
Varação duma esperança mas
Vi que era uma ilusão e deixei
De lado minha esperança
Dum dia viver como gente de
Ser e varou meu olho e fiquei
Cego e cego de ódio de Édipo
Rei deixei tudo passar às
Escuras não adianta meu clamor.
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