Enfeites a minha alma
Que navega nas trevas
Com uma joia de esperança
Um chapéu de bonança
Vistas nela um vestido vermelho
Prenda-a a mim no azul
Com um alfinete de segurança
Faças na palma da minha mão
A planta ornamental
Da família das valerianáceas
Dês um nome comum
Não o meu que não presta
A outras plantas celestiais
Esqueças por um período
As pequenas despesas particulares
Prendas com alfinete de gancho
As contas a serem pagas
Em lugar bem alto no infinito
Estamos num paraíso de ladrões
Não de bons ladrões mas de
Corruptos de maracutaias
Colarinhos brancos sonegações
Superfaturamentos mordomias
Não fiques com vergonha
Eles não têm nenhuma
Querem deferências
Pegues tipos de alfinetes
Formados por duas hastes articuladas
Em que as extremidades
Se encaixem nas cabeças dos políticos
Para que não se desprendam nunca mais
Os pique de dores terríveis
Nos cérebros mentes
Que os leve à morte
Faças de cada político ladrão
Mentiroso enganador falso
Uma alfineteira tortuosa não
A pequena almofada um vodu
Onde se espetam
Agulhas alfinetes grampos
Não deixes os corpos deles
Na alfombra tapete ou alcatifa
Não os deixem poluir a relva
O chão sagrado coberto de relva
Deixe-os apodrecerem na areia
Na areia dos piores desertos
Calcinados pela luz do sol
Devorados pelas moscas
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