Ao encetar estas laudas espero principiar
Cheio de inspiração criatividade pretendo
Começar com muita racionalidade pois sei
Encharcar-me de paixão sei converter em
Charco de fé sem inundar a razão da
Consciência vivo a alagar de lágrimas de
Crocodilo a minha face de meter-me
Constantemente em pranto superficial
Qualquer distúrbio vem molhar-me
Completamente pior do que uma
Incontinência urinária uma simples
Enchente vira uma inflamação intestinal
Com sujeito a infecção inundação dos
Fundos das calças com grande porção
Com abundância de material indesejável
Escrevo errado na hora errada com letras
Palavras erradas desejo irritar agir de
Maneira que desperte irritação ou
Impaciência ao encher as medidas de
Todos de todas igual uma linguiça que
Vem deter-se em ações ou descrições
Dispensáveis que vem esgotar a
Tolerância ou a paciência dos
Semelhantes desconheço a alegria
Entendi que o medo é a baixa autoestima o
Fartar-me de covardia faz tornar-me cheio
Repleto de terror passo a empenhar a ideia
Do pânico prodigalizar profecias macabras
Funestas sem satisfazer nem mesmo quem
Gosta de horror vivo cheio de angústia ao
Preencher meu coração de agonia depressão
Perco a saída da porta quando a treva vem
Abarrotar meu ser a minha sombra ocupar
O vão o vácuo sem capacidade de chegar à
Superfície onde estás neste enchimento meu
Ente? onde está a ação o efeito da coisa?
Aonde anda a causa do recheio? sinto-me
Uma enchova muito descuidada um nome
Comum de vários peixes de mar a si
Debater-se fora d'água sufocado pela
Encíclica esmagado pela carta circular
Pontifícia dogmática doutrinária o peso
Encíclico das cartas circulares do Papa
Vergam minhas costas de leigo assam meu
Conhecimento de enciclopédia no conjunto
De todos os conhecimentos humanos
Sobrevivo no conjunto vazio em qualquer
Obra que abranja todos os ramos da ciência
Da arte se não entrar o amor se não for
Conservada a paz perderá todo valor que
Pertence ao teor enciclopédico o termo
Enciclopedista ambulante colaborador
Sabichão sabe-tudo de antemão não passam
De zombarias duma encilhada de montar um
Animal de apertar por pilheria uma cavalgadura
Com cilha quando na verdade está a encilhar
Um drama do representante da raça humana
No fundo este poço é para encimar o homem é
Para pôr em cima no altar a humanidade este
Estudo não é para angariar notoriedade é para
Colocar o espírito sobre o corpo é para alçar
A alma para que nenhum venha a enciumar-se
Com alguma projeção doutro encher-se de ciúmes
É enclausurar o amor pior do que afastar-se da
Convivência social pior do que encerrar-se na mais
Fechada clausura prender um liberto distante do
Convívio para que à luz do dia viva escondido
Encoberto disfarçado dele mesmo incógnito-x
Clandestino um vulto no tempo enevoado
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