terça-feira, 1 de março de 2011

João do Amaral, A lembrança; BH, 01°0302011.

A lembrança
Do sonho mais doce
Em noite sombria.
A brisa, o lume, a fagulha
 - Trêmula, incerta, agonizante -
A esperança.
O golpe, a hábil sutileza
Que rompe o cárcere
Que nem sabias.
O tempo
Natural de um rio
Que corre seu curso,
Sem pressa
E do mar,
Que não o espera,
Pois sabe que ele vai chegar.
Um dia
Fui salvo por Soledade
E dela ganhei a poesia,
A sensibilidade de um anjo,
A liberdade de um animal
E a divina capacidade
De amar quem me repele.

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