domingo, 5 de junho de 2011

Às vezes quero pensar; RJ, 0100601997; Publicado: BH, 050702011.

Às vezes quero pensar
Aí vejo o quanto o pensar
É limitado obtuso às vezes
Quero raciocinar é aí que
Vejo o quanto o raciocinar
É bloqueado opaco é
Impossível existir alguém
Igual assim totalmente
Escuro sem luz a viver
Nas trevas noite dia a viver
Nas prisões nos calabouços
Nas celas a viver nas grades
Nos labirintos nas masmorras
Frias gélidas das mais
Esquecidas longínquas
Fortalezas às vezes quero
Ser feliz um medo sombrio
Se apodera de mim me faz
Voltar à origem do meu ser
Primitivo onde acabo por
Ver que a muralha da China
Está construída dentro de
Mim abismo dum lado
Muralha doutro o infinito
Em cima embaixo a me
Debater a me agarrar a
Um fio de esperança o
Fio a se partir estou
A continuar ali

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