De múltiplo uso de múltiplos poetas escritores,
Múltiplos espíritos perambulam-me uns são
Nobres elevados altíssimos outros são vis
Vagabundos rasteiros apenas a passagem o
Canal os recebo passivo submisso servil
Ditam-me as normas as regras as leis
Passam-me os mandamentos os testamentos
As parábolas impõem-me castigos torturas
Marcam-me querem-me luxo fazem-me
De lixo navegam-me em embarcações em
Transatlânticos navios naus caravelas
Cruzam-me em naves espaciais planetas
Estações orbitais vivem-me querem ser
Eternos ter posteridades usam-me como
Cobaia parasita pária cavalo carroça
Carruagem Suez Panamá Mancha estreito
De Gilbratar dobram-me como cabo das
Tormentas nunca Boa Esperança ou
Lançam-me nas Termófilas uns são sabidos
Sabinos Sabinadas Sandinos satélites lavas
Outros trovões relâmpagos Saramagos
Magos de Pessoas Eças de peças ecos de
Homeros Ulisses de Joyces confusões de
Rosas Borges mulheres de Elizabeths
Desafinados Tons de Jobim Vinícius de
Buarques Gils de Joões outros antigos
Medievais clássicos coloquiais não sei o
Que mais brasileiros estrangeiros estranhos
Extravagantes extraterrestres transviados
Pagãos ateus agnósticos sádicos masoquistas
Ativos passivos lésbicas homossexuais
Anormais inclusive normais têm os anões
Em guerras com os gigantes os titãs os falsos
Santos a imporem suas santidades aos profanos
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