quarta-feira, 8 de julho de 2015

Rio Grande do Norte, 916, 62; BH, 0130702012; Publicado: BH, 080702015.

Não há como dizer a melhor poesia,
A maior poesia,
A mais perfeita,
Como não há como dizer o melhor de todos os poemas,
O maior,
O mais perfeito,
A obra-prima,
A obra de arte rara,
Não há como dizer;
O pássaro baterá suas asas indiferente,
A borboleta voará incerta,
O sol sempre comandará o sistema solar,
As ondas baterão eternamente nas praias
A transformarem rochas milenares em perenes areias brancas,
O vento abrirá nos rochedos maciços fendas,
Passagens de túneis do tempo
E as chuvas,
Que nunca nos abandonaram,
Continuarão a ser motivos de poetas apaixonados,
De poetas lunáticos,
Que a luz desprezou;
É muito difícil confirmar o maior,
O melhor,
O perfeito,
O iluminado,
O que a percepção escolheu para vaso;
É impossível
Mas veio à minha cabeça
E sem saber de onde veio,
Qual é a fonte,
Se é digna ,
Se é fidedigna,
Não quero saber,
Sigo a minha obrigação
E a minha obrigação é escrever,
Escrever,
Até morrer.

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