sexta-feira, 4 de março de 2011

Quando penso no enquadramento de minha mente; BH, 090102002; Publicado: BH, 040302011.

Quando penso no enquadramento de minha mente
Nas mulheres as que pego em referências as que
Quero enquadrar no pensamento enredar na
Memória enrolar cada vez mais na lembrança sem
Tornar-me confuso nem me deixar converter pelos
Novelos das novelas são as que vão de Ana Frank as
Histórias do diário dela a passar por Olga Benário
Billy Hollyday ainda chegar em Wine Mandela
Quando falo em mulheres as que quero enovelar sem
Gravidade de crime ou falta sem esquecer algum
Nome começo por Cecília Meirelles Clarice Lispector
Elizabeth Bishop Ângela Davis alguma outra que
Esqueci devido à minha irregularidade é com excesso
De proporções anormalidades de desmedido o que
Gostaria de apresentar porém meu cérebro é pequeno
Não é extraordinário de coisa muito grande não
Posso lembrar é enorme a admiração por Cássia
Eller por todas as negras arrebatadas da África
Mãe para ser vendidas como escravas nos além mares
Não sou conhecedor de todas as mulheres meretrizes
Prostitutas escravas do sexo igual um aquele que é
Versado em enologia o enologista que conhece
Profundamente o estudo dos vinhos pois sei que todos
Os problemas violências injustiças praticadas contra
As mulheres índias faveladas camponesas não alcanço
Nem um por cento no saber de tudo que sofreram
Sofrem sofrerão se não fizermos nada meu estado é
De luto enjoo nojo enojo minha sorte é que sem
Enfadar-me posso ouvir Clementina de Jesus Dª
Ivone Lara Clara Nunes o cantar de Nara Leão
Nunca irá nausear-me quem irá enojar-se de Elis
Dolores Duran? Maysa Matarrazo? enjoadiço é o
Estado das mulheres refugiadas é o de escurecer a
Vida das flageladas ao anoitecer o sofrimento aumenta
Dentro das almas delas o anoitecer é eterno quando
Converso sobre mulheres não é para desonrar ou
Difamar seus direitos ou pôr nódoas nas suas pessoas
Ou enodar sem distinção o sexo feminino meu intuito
É enobrecer usar de enobrecimento ao lembrar os nomes
Das vanguardistas das mártires das heroínas quero é
Dignificar as sofredoras nobilitar as donas-de-casa
Anônimas se este poema homenagem servir para tornar
As que estão encarceradas nos asilos nos hospícios
Peço a Deus para enobrecer assim cada vez mais o
Espírito destes seres que muitas vezes são mães irmãs
Filhas tias sobrinhas amigas companheiras primas
Esposas para elas todo engrandecimento do homem
 Humano ente imperfeito para elas não deixarei de
Engrandecer os seus feitos quero só ilustrar as
Passagens elevar para elas os olhos de admiração
Exaltar os nove meses de gestação elogiar a
Amamentação tornar grande o ato de amor
Engrandecer a criação a mulher é a única
Engrenagem do mundo é o único encadeamento
Como o de peças dentadas que transmite movimento
Força aos maquinismos é o engrenar da organização
Um perfeito endentar um entrosar para a salvação
Assim quando neste fim penso nas minhas mulheres
Cá comigo são estas que não me deixam sozinho
Sonho com Indira Gandhi sonho com Golda Meyr
Sonho com Benazir Bhuttot todas essas meninas que
Lutaram nas tentativas de melhorar a humanidade
Pelas liberdades pelas emancipações tiveram os clitóris
Arrancados padeceram em nome dos preconceitos
Das religiões perdoem-me se deixei alguma de fora
Deste canto mas quero guardá-las todas nesta canção

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