sábado, 3 de março de 2018

Coisa ridícula que envergonha a mim mesmo; BH, 02801202000; Publicado: BH, 0250502013.

Coisa ridícula que envergonha a mim mesmo
É tanta chinfrinada em vão quem se interessará
Possa por tanta chinfrineira? quem abrirá os olhos à
Tanta chinfrinice? nem mesmo sou que já nasci
Cego uivo a irritar meu tato vivo a mexer no
Meu íntimo para não encontrar nada como provocar
Revolta em todos por minha tentativa frustrada
Em deixar uma obra em meu nome calo-me
Para não me ridicularizar cada vez mais me
Calo pelo fim da desordem do estilo chinfrim
Ponho fim ao chinfrinar vazio oco que é o
Eterno dentro de mim nem ao adquirir toda
Chinerice do mundo mas sem os modos de bugigangas
Sim com artefato que revela grande paciência
Sinto que não passarei de chineleiro sou daqueles
Que faz os chinelos imprestáveis que faz os chinelos
Para os meus pés de indivíduo reles o chincoã
Cujo nome é comum às diversas aves da família
Dos Cuculídeos deixa mais na vida do que
O indolente sou o ronceiro chinchorro que navega
No meu rio de lágrimas a chinchila mamífero
Roedor dos Andes de pele muito estimada para
Agasalho é mais útil do que a chincha o barco
De pesca a pequena rede de arrastar a cincha
Furada que naufragou ao chinchar no mar
Tenebroso do meu peito ao cinchar no
Oceano proceloso do meu ser a filosofia
Produzida por toda chinarada desde o
Primeiro chinês a existir para a formação da
China é uma filosofia para pregar ao
Mundo para pespegar ao universo toda humanidade
Deveria chimpar enquanto há tempo aproveitar
A chimarrita a dança popular com acompanhamento
De cantiga violão de chimango de designação
Depreciativa dada ao partido liberal no tempo da
Regência ao membro desse partido os chimangos
Opunham-se aos caramurus que desejavam a
Restauração de Pedro I no Rio Grande do Sul
Era a alcunha que os federalistas davam aos
Adeptos do partido republicano na cozinha é a
Tenaz feita dum pedaço de arame para pegar
Brasas nos fogões no escuro, meu cérebro chilreante
Chilreia com chilreio de silêncio dentro da
Cabeça palrador tagarela é só o espírito
Chilreador não participa da chilreada da alma
Da mente chilrada no murmúrio dos espíritos
Na vozeria própriados fantasmas no chilido
Da imaginação chiado das chilenas na
Barriga do cavalo as esporas de largas rosetas que vinham do
Chile o doce da chila a pequena abóbora
Que não muda o menino incorrigível o levado
Da breca peralta chifre-furado que não há
A correia de couro que une os bois pelos chifres
 Nem a vara que chifra que ataca o boi-de-cara-preta
Que mete medo no danado já levou
No mato até um chifraço um golpe violento de
Guampaço de cornada só que não pegou pulou
Escapou como o vento das moitas de chifra do
Aparelho a face afiada com que sapateiros Zé Pezimos seleiros raspam o couro a plaina chifarote
Espada curta reta guascada de gascão a
Talada no lombo a lategada do chicotaço
O golpe com o chicote no rabo a salada de chicória a
Planta hortense de uso culinário há duas
Variedades mais comuns chicória-doce ou escarola
A chicória-amarga ou almeirão mas a criança
Só quer a goma de mascar o chiclé que não é
Planta da família das Apocináceas aí dá
Adeus aos dentes não vira chichisbéu que
Corteja ou galanteia uma senhora com acuidade
Importuna de chinelo de sapato velho acanhado
Salve meu chícharo planta da família das Leguminosas
Papilonáceas o chichá árvore da cacaueiro de
Folhas largas palmadas de cujas flores de cor ferruginosa
Exala cheiro desagradável de sterculia foetida
Mata a fome com chicha a carne picada alho sal

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