No silêncio deste quarto
No escuro deste espaço
Sou um poeta
E um poeta sempre voa
Na calma desta tarde
Vivo a sonhar
Sou um poeta
E um poeta sempre sonha
No espaço ou entardecer
No quarto ou no sol
Procuro estar presente
Pelo meu voo
Pelo meu sonho
Pelo meu pensamento
E ao ser um ser mesquinho
Quebrável e frágil
Não posso me expôr às tempestades
Minh'alma não é minha palma
Minha palma é o mundo
Meu segredo é a calma
Sou um poeta
Acredita quem quiser
E um poeta mente
E talvez esteja
Até a mentir
Ao dizer que sou um poeta
Ainda não consegui
A essência da vida
Ainda não consegui
A excelência de ser
A plenitude da alma
E teimo em dizer
Que sou um poeta
Ser no qual falta uma infinita eternidade
Para a própria centralização
No silêncio deste quarto
No momento deste espaço
E no espaço deste agora
Paro e penso
Pairo e procuro
Meu ser poético
Minha poesia
Meu poema.
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