sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Robô não posso mexer com o braço; BH, 0170402000; Publicado: BH, 0160902011.

Robô não posso mexer com o braço,
Por causa do anconeu, o músculo triangular,
Da parte posterior da articulação
Do cotovelo, que parou de funcionar;
É o ancôneo defeituoso do robô atrofiado
E devido ao meu peso de obeso,
Devido ao volume da barriga,
Transformo-me num hipopótamo ancudo,
Uma capivara de grandes ancas,
Uma anta andadeira,
Enfeitada com faixas de pano,
Tal as que cingem as crianças,
Por baixo das axilas para
Ensiná-las a andar e tais as
Que sobraram do embalsamento,
Das múmias do Egito antigo,
Que repousam nos túmulos das pirâmides,
Ornamentados de ancusa,
A planta ornamental,
Da família das Borragináceas,
Ou cobertos pelo andá,
Planta euforbiácea;
Ou a pequena palmeira indaiá,
A andaiá andadeira, que não sai do lugar,
Cercada pela andaimaria,
Armação ou conjunto de andaimes,
Que levanta mais um andar da torre de Babel,
O espigão de concreto armado,
Numa fileira completa,
De objetos e roupas, na
Andaina que encobre tudo
E nos faz esquecer de tudo,
Da língua andamanês,
Língua tibeto-birmânica
E das nossas cabeças decepadas,
Jogamos o andebol, o jogo esportivo,
Praticado com enorme bola de cabeça
Humana, impulsionada com as mãos,
Como no hand-ball inglês.

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