sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Nietzsche, Entre Amigos, Poslúdio; BH, 0230102010.

1

É belo calar-se juntos,
Mais belo rir juntos,
Sob a ternura de um céu de seda,
Encostados no musgo da faia,
Rir afetuosamente com amigos, riso claro,
E mostrar-se mutuamente dentes brancos.
Se faço bem, calaremos;
Se faço mal - riremos,
E de mais a mais faremos mal,
Mais mal faremos, mais mal riremos,
Tanto que desceremos ao fosso.
Amigo!
Sim!
Assim deve ser?
Amém!
E até logo!

2

Sem desculpa!
Sem recusa!
Concordem, alegres homens livres pelo coração,
Com este livro do absurdo
Ouvido e coração e moradia!
Acreditem em mim, meus amigos, não é maldição
Que me deixou assim em meu absurdo!
O que encontro, o que procuro -
Já esteve alguma vez num livro?
Honrem em mim os loucos!
Aprendam deste livro louco
Como a razão evolui - "para o absurdo"!
Meus amigos, assim deve ser?
Amém!
E até logo!

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