terça-feira, 6 de setembro de 2011

Senhora perdão pois sei; BH, 0290602000; Publicado: BH, 060902011.

Senhora perdão pois sei,
Que não quero ser um ardelião ou
Um homem intrometido em tua vida;
Mesmo se fosse um ardenense,
Da região das Ardenas, França,
Não gostaria de perder a ardentia,
A fosforescência natural marítima;
O que me enoja é que sou híspido,
O que me enjoa é que sou ardentoso,
Pungente como uma urtiga;
Senhora, com toda a ardidez que,
Superficialmente aparento ter,
Com toda a ardideza que quero apresentar,
Saiba que não tenho coragem,
Sou um gênio sofrido e
Meu ardimento é de covardia;
Não saberei usar de ardileza,
Não saberei inventar um ardil,
Usar de sutileza para que meu amor,
Não venha a cair no ridículo;
Sou uma ardíria, planta ornamental,
Da família das Mirsináceas,
E tento assim diminuir meu ardo;
É duro e difícil o teu amor,
Abundante em tristeza e às vezes,
Tem sentido depreciativo;
Ao teu lado todos me acham felizardo,
Moscardo e galhardo, porém, não
Sabem que estou mais para bastardo;
Apresento a variante arde,
Que nos veio através do francês e
Não sei deixar de ser covarde;
Não sou o xisto argiloso que,
Pode ser metamorfoseado,
Mudado e transformado;
Não tenho granulação finíssima,
Como a ardósia, separável
Em lâminas resistentes na
Ardoseira, a rocha, a pedreira.

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