segunda-feira, 19 de setembro de 2011

E obedeço ao vento; BH, 0300402000; Publicado: BH, 0190902011.

E obedeço ao vento,
Por isso sou um anemófilo,
E não tenho medo mórbido do vento,
Não sofro de anemofobia, como
Não tenho medo das forças da natureza;
E tudo que é relativo ao anemográfico,
Para mim, é pura ventania;
E apesar de não ser um anemológico
E nem um anemólogo, que tratam
Do vento sob o aspecto científico,
Gosto do vento e só; e tudo que
Sofrer e que me causar ares revoltos,
Não passa de um efeito anemométrico;
E sou capaz de andar em pleno furacão,
Numa corda bamba, igual a um anemóbata,
Dançarino e artista funâmbulo anemo
Do grego anemos;
Um elemento de composição vocabular,
Com a ideia de vento na anemografia
E na anemoscopia do estudo
Da direção anemoscópica, que é
Medida pelo anemoscópio,
O instrumento que indica,
A direção dos ventos nas cabeças
Dos seres anencéfalos, os monstros
Privados de cérebros e cujos âneos,
São qualidades de subterrâneos,
Da ignorância e da boçalidade;
Extemporâneo da era terminal, vejo
No cutâneo da anepigrafia desconhecida,
A obra sem título ou inscrição no
Anepígrafo do coração; e é
No anepigráfico da inexatidão que
O paralítico anérveo de inercia tem,
Como o inseto que as asas não têm
Os filetes nervosos.

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