sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Nietzsche, Máximas e Interlúdios; BH, 010202011.




160

"Não se ama suficientemente o própio conhecimento logo que o

Comunica a outros."


161

"Os poetas não têm pudor para com suas aventuras - eles as exploraram."


162

""Nosso próximo não é nosso vizinho, mas o vizinho deste" - assim

Pensam todos os povos."


163

"O amor revela as qualidades sublimes e secretas daquele que ama - o

Que ele possui de raro, de excepcional.

É por isso que o amante engana

Facilmente naquilo que nele é regra."


164

"Jesus disse a seus judeus:

"A lei foi feita para os escrevos - amem a Deus como

Eu o amo, como seu filho!

Que importa a moral, para nós, filhos de Deus!""


   165

"Aviso a todos os partidos.

 - Um pastor sempre tem necessidade

De um carneiro condutor - de outro modo é obrigado a fazer-se ele

Próprio de carneiro."


166

"É realmente com a boca que se proferem mentiras: mas com os trejeitos

Que se fazem ao mesmo tempo, a verdade é dita da mesma forma."


167

"Nos homens rudes, a intimidade é objeto de pudor - e é também algo de precioso."


168

"O cristianismo deu veneno a Eros para beber - ele não morreu, mas ficou viciado."


169

"Falar muito de si pode ser também um meio como outro para se esconder."


170

"No elogio há muito maior indiscrição que na recriminação."


171

"A compaixão causa um efeito risível no homem que busca o

Conhecimento, com mãos delicadas no ciclope."


172

"Por amor dos homens, abraçamos o primeiro que chega (porque não

Podemos abraçar a todos): mas é precisamente o que não se deve dizer a ele."


173

"Não se odeia tanto quanto se despreza.

Não se odeia senão seu igual ou seu superior."


174

"Ó utilitaristas, vocês também não gostam do útil a não ser como veículo

De suas inclinações - vocês também acham o ruído das rodas desse veículo insuportável?"


175

"Amamos em definitivo, somente nossas inclinações e não aquilo a que nos inclinamos."


176

"A vaidade dos outros só fere nosso gosto quando fere nossa vaidade."


177

"A respeito da "veracidade", ninguém até agora foi talvez realmente verídico."


178

"Não se acredita nas tolices das pessoas sensatas - que perda para os direitos do homem!"


179

"As consequências de nossas ações nos agarram pelos cabelos; para elas

É diferente que, no intervalo, nos tenhamos tornado melhores."


180

"Há uma ingenuidade na mentira que é indício de boa-fé."


181

É desumano bendizer aquele que nos amaldiçoa."


182

"As familiaridades de um homem superior irritam, porque não podemos retribuí-las."


183

"Fiquei desnorteado, não pelo fato de que tenha mentido, mas pelo

Fato de que não posso mais acreditar em ti."


184

"Há uma exuberância na bondade que parece ser maldade."


185

""Ele não me agrada."
- Por quê? -
"Não me sinto à sua altura."
 - Algum homem já respondeu de tal forma?"

Nenhum comentário:

Postar um comentário