sábado, 26 de outubro de 2013

Ana Martins Marques, Âncora.

O sol percorre
toda a extensão de um muro

Riscos na paisagem
escrita a lápis

A rua começa desde a escrita –
esta em que te sigo

Este poema é uma âncora:
é para que você fique sempre aqui

Mas fogem as horas sem carícias
horas que são como um tanque de peixes sem peixes

A minha mão cobre a sua
com sua sombra

Este poema, pesado, afunda.

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