Não encontro mesmo nada interessante naquele pássaro metálico
Que pelo imenso céu azul adeja a terra verde não é sua o céu azul
Não é seu tudo que tem porque tudo deseja no entanto não tem
Nada não tem nada mais do que sou que tenho a terra verde tenho
O céu azul pode até me levar um dia no bojo porém prefiro
Viajar pelos meus pensamentos prefiro não viver dentro da
Realidade à margem do progresso ainda choro quando abro os
Jornais deparo com a situação dos sem-terras dos sem-tetos
Ainda choro quando vejo a polícia a desocupar uma área onde
Uma família sonhava construir um barracão depois com a
Intimidação da polícia com a força a ação tem que destruir o
Barraco com filhos de colo crianças velhos homens mulheres
Desempregados perdidos na desesperança miséria desgraça
Pobreza abandono solidão no bojo daquele pássaro metálico
Novinho em folha tenho a certeza que vai uma boa parte da
Burguesia da elite de gente do governo que são os três reais
Principais inimigos dos miseráveis desprivilegiados se estamos
Hoje mais pobres mais frágeis mais decadentes é justamente
Por que têm que estar justamente ao contrário de nós mais
Ricos mais fortes mais poderosos não posso sorrir senão não
Posso ser solidário não posso sorrir pois não vejo motivo quem
Rir hoje ou é demagogo ou é hipócrita egoísta insano idiota
Não posso rir pois não tenho motivo para a felicidade é demais
Para mim a minha herança social o meu conhecimento político a
Minha reserva moral depois de sair de anos de derrotas de
Perdas de fracassos da épocas dos generais encarar um governo
José Sarney que soube muito bem envergonhar sujar a nossa
História fazer a política interesseira fisiológica de interesses
Contrários aos anseios do povo agora cismou de ser um
Imortal entrou para a ABL Academia Brasileira de Letras onde
Com fé em Deus à minha fé honra nunca farei questão de
Pôr os pés para não encontrar com a lama que José Sarney
Representa com toda a sua podridão sujeira que inseri-lo
Aí malgrado meu tive que engolir a era Collor do Fernando
Afonso Collor de Melo companhia corrupção esbanjamento
Do dinheiro público roubos arroubos dum adônis que se
Achava um deus um máximo para um zé povinho inculto
Ávido a aplaudir o falso belo o cabelo engomado o rosto
Escanhoado os ternos importados casas das dindas mansões
Hienas tubarões morcegos piolhos pulgas percevejos ratos
Outros nocivos à história ao povo à herança que carregamos
Banido o Collor aguentar o Itamar o Itamar Franco meu Deus
Do céu como resistir à tanta pobreza carência de política
Pura aplicada? como sobreviver à inércia dum Itamar Franco?
Que entrou saiu não sujou não borrou porém também não
Brilhou para os anais da nossa história de nossa saga tão carente
De homens vade Itamar Franco engasgamos-nos na goela com o
FHC o vulgo Fernando Henrique Cardoso putrefato pior do que
Carrapato de jumento sem dono pior do que carniça abandonada
Por abutres urubus açores outras aves de rapina mas que
Preferem uma carne melhor logo mostrou ao que veio anistiou
Humberto Lucena achatou o salário mínimo vendeu vendeu
Vendeu o dinheiro não deu sumiu desapareceu acabou com
As indústrias nacionais delapidou o patrimônio público desrespeitou
A Amazônia que ardeu durante vários dias não o sensibilizou
Comprou a reeleição na cegueira do povo na idiotice na ilusão,
Na falsidade na mentira usufrui do segundo mandato com mão de
Ferro a prender a arrebentar a ameaçar a baixar o porrete em
Índios negros desempregados trabalhadores sem-terras sem-tetos
Tantos mais que se dispunham a virar oposição aos métodos adotados
De entrega da pátria de empobrecimento da nação total serventia
Aos especuladores internacionais ao FMI Fundo Monetário
Internacional ao governo dos Estados Unidos da América do Norte
Que sabem muito bem gerir interferir quando os interesses
Não estão em pauta por aqui dá dinheiro para que os estrangeiros
Comprem nossas empresas o valor pago é devidamente devolvido
Com os abates as restituições de impostos a sair um patrimônio
Construído com orgulho pelo nosso povo praticamente de graça
Sem encargos é por isso que penso que chegou a hora de redimir
O Luiz Inácio Lula da Silva chegou a hora de fazer justiça de
Pedir perdões desculpas ao Lula o que o Cid Moreira o puro o
Santo o leitor de Salmos bíblicos fez com o Lula foi duma
Tamanha malvadeza na primeira eleição depois do Sarney Cid
Moreira arrependas-te peças perdão desculpas de joelhos ao
Lula Rede Globo também é hora de remição de arrependimento
Maluf Paulo Salim Maluf que fundia a bandeira do Brasil com a
Bandeira do PCB Partido Comunista Brasileiro dizia que a
Bandeira do PCB ia ser a nossa nova bandeira com o Lula eleito
Seja homem Maluf volta atrás te desculpas com o Lula o Collor
Que mentiu descaradamente que falou que o Lula ia confiscar a
Poupança? foi muita falsidade ruindade mentira: Collor peças tu
Também perdão desculpas ao Lula todos aqueles que inventaram
Todo tipo de baixeza calúnias aproveiteis o clima que o país está a
Atravessar tomeis vergonha na cara repitais juntos Lula por favor
Pelo amor de Deus queiras nos desculpar Brizola Leonel de Moura
Brizola que tanto atrapalhou mais do que ajudou a hora é essa peças
As tuas desculpas os teus perdões pois como disse o Vianna o
Herbert Vianna Luiz Inácio falou Luiz Inácio avisou os picaretas estão
Aí até hoje só a votar a defender interesses contrários aos do povo
Vede a votação do salário mínimo em 151 tal governo 171 tal salário 151
É só o que esse desgoverno tem a nos oferecer nada à elite tudo ao povo
Nada à burguesia tudo à nação nada aos especuladores financeiros
Internacionais tudo ao povo trabalhador brasileiro nada que vergonha
FHC na tua pequenez tiras o chapéu para um grande homem aprendas a ter
Coerência ética equilíbrio com um homem que temes tens inveja tens medo
FHC na tua insignificância olhes para atrás vejas o brilho que com as tuas
Sombras com as tuas penumbras tuas cinzas malditas não irão apagar LULA (1)
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