olha eu ando louco à procura
de um olhar que como o seu
me acalme um pouco
e eu possa chamar poema
salto de cervo
lua de outono
olha a parede se descasca
poeira em tudo o que fica
pense um pouco cinza de
cigarro tubo de caneta
não foi assim que eu te
ensinei a mentir tenho
febre algum tipo de dor
mas ainda que eu erre
olha velocidade é uma fissura
da juventude solidão é
um método maluco de saber
quem está dentro de você
quando a cidade inteira
te odeia mas
entre almas de jeans
você segue
olha nada na neblina além de
borboletas transando
estátuas se mexendo
pessoas que se esqueceram
de sorrir e você vai
se matando
de tanto dizer sim
mas
olha a chuva fina no asfalto
meu suor em sua pele
pra sempre
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