quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Arreda-te daí montanha é que; BH, 01001002013; Publicado, BH, 01701002013.

Arreda-te daí montanha é que,
Quero passar, chega-te para
Lá, quero alargar meu caminho;
Aquela cordilheira, não é tão
Vasta, a ponto de embaçar
Meu horizonte; nasci do
Casamento duma montanha
Com um monte; sou filho dos
Altos iguais aos Alpes, sou irmão
Dos Pirineus, e reverencio os
Montes sagrados Sinai, Ararat;
E saúdo os montes consagrados
Da Palestina a Israel, da China
Ao Japão; e não esqueço dos
Profanos, das regiões asiáticas,
E dos que estão nos fundos dos
Oceanos, desde quando foram
Encobertos pelos dilúvios; e os
Montes que nascerão quando
Os vulcões entrarem em erupções,
Também serão meus irmãos; e
Os verás verdejar no passar das
Estações; verás suas encostas,
Veredas, cobertas de carneiros,
Cordeiros a pastar; e para
Apascentar, e afastar das feras,
Serei o pastor dos seus rebanhos;
Sou filho dos úteros dessas
Cavernas subterrâneas, sombrias,
Que escondem os seus corações
Nas raízes mais profundas da
Terra, onde brotam as montanhas,
Onde os mármores são bebês, e
Os rochedos inda são formados
De rochas de leite.

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