I
ficamos imóveis
diante do imenso
pássaro de pedra:
.
silêncio
sólido impassível belo
falamos
e ele assume-se leve
ave emplumada
num vôo de morte
II
n’algumas coisas o silêncio
canta
n’outras arde
em mim
III
no fundo da noite
o silêncio
canta
tarde
o escuro morre
ele agita a carne
morna e
voa –
essa ave
nua
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