sábado, 12 de outubro de 2013

Tito Júlio Fedro, Fábulas, XXVI, A Raposa e a Cegonha; BH, 01202002013.

A ninguém se deve fazer mal.
A fábula adverte que ao causador de atos lesivos cabe penalidade análoga.
Contam que a raposa convidou, primeiro, a cegonha para uma ceia.
Ela colocou sobre o mármore liso uma iguaria líquida que,
De modo algum, a cegonha faminta logrou degustar.
Como (depois) esta tivesse convidado (em pagamento),
A raposa, depositou (na mesa) um cântaro cheio de alimento picado.
Ao inserir o bico nesse (cântaro), ela própria se fartava,
Enquanto a convidada ficava torturada de fome.
Como essa lambesse frustrada o gargalo da vasilha,
Sabemos que a ave peregrina assim (lhe) disse:
"Cada qual deve sofrer com ânimo igual (pacientemente),
Os seus exemplos (os modelos que praticou)."

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