Redenção do poeta renegado
Poeta estigmatizado chamado
De poeta sem uma obra-prima
Sem uma obra de arte poeta
Marcado pelo fracasso quando
Vai à praça cercam-no
Cobram-no com insultos tu
Estúpido um poeta? sacodem-se
Batem os pés arrastam-se como
Se fossem aleijados ou serpentes
Tu bruto poeta? balançam-se
Jogam as escadeiras bamboleiam
Os quadris rebolam as nádegas
Requebram as bundas tu apóstata
Um poeta? aqui na praça? ali
Está o coreto sobe lá maldito
Mostras-nos os teus milagres
Curas as nossas tristezas as
Nossas mediocridades afastas
De nós o nosso sentido dessa
Imbecilidade cantas para
Nós uma ode uma trova
Um soneto o mínimo que seja
Seja a nossa redenção ó poeta
Mal-aventurado ou não te tiraremos
Dessa estaca, onde vamos empalar-te
Tu és um herege malfeitor tu és um
Hipócrita como tal, morrerás
Na fogueira a não ser que
Digas que não és um poeta
A não ser que renegues a
Blasfêmia cantes para
Aquela bela fêmea antes que
Seja oferecida a um ente
Sobrenatural se agradares tu
Ela estareis a salvo podereis
Ir às vossas casas sacia-nos poeta
Com as tuas maldades
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