O que te mata é este cigarro
Pela manhã, a cadeira
Dentro de um quarto cercado de rojões
A noite foi infernal, com helicópteros
E berros, a máquina de lavar
Tremendo o soalho da casa
A torcida rompendo as janelas,
Já não tem mais o que falar,
É uma festa que invade o estofado
Da cadeira, o peso compacto
Do corpo, que perfura
Como uma faca os ouvidos
É um jorro discursivo que te atropela
Que trava os dedos, centrifuga,
Diante do botão de enxágue.
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